terça-feira, 27 de setembro de 2011

Linhas de uma vida nova...

Um mês depois, acordo com um aperto no peito misturado com uma serenidade que se sente quando se tem certeza que mais uma etapa da vida está tomando forma e sendo cumprida.
Nova Iorque é Nova Iorque. Só quem já viveu aqui, pra entender. É uma cidade verdadeiramente especial. Há uma magia que te encanta e te agarra no primeiro segundo. É uma cidade que não pára e não te deixar parar. Essa cidade de luzes, cheiros e esquinas encantadoras me faz sentir plena.
Mas ainda sobra tempo e espaço para a saudade de tudo que deixei do outro lado do oceano...
Me dei conta que essa é a pior e a melhor fase da minha vida. Eu nunca andei tão feliz e tão triste.
É como se aqui eu tivesse envelhecido três anos em trinta dias. Vivendo momentos de absoluta alegria. Momentos que sei que vão marcar. Sabe quando no mesmo instante você consegue se vê bem velhinha relembrando e compartilhando esses exatos momentos com alguém? Pois é. Meu primeiro mês de vida nova foi recheado de momentos assim. Pequenos intervalos de tempo em que o mundo parece parar e a felicidade é tão grande que a vontade é gritar para toda a ilha de Manhattan ouvir. Mas aí eu acordo e percebo que não estou num filme do Woody Allen (mas é como eu me sinto).
Mas como momentos tão incríveis no segundo a seguir podem se transformar em uma imenso vazio?
É triste não poder virar e contar, gritar, abraçar, pular no colo de quem sempre esteve ali, do meu lado.
Foi difícil enterrar tantas coisas, tantas rotinas, mas está sendo tão mais fácil viver dentro de mim...
Tem coisas na vida que não podemos adiar. O ontem já era e o amanhã eu não sei se vai chegar. Viver é o agora. Viver é desafiar os limites. Matar as vontades. Experimentar coisas novas. Deixar pra trás os medos. Realizar os sonhos. Ter a obrigação de ser feliz. Viver como se o amanha não fosse chegar! Viver como quiser!
Nada como viver e se sentir viva. Nada como ser feliz e saber que é feliz.